quarta-feira, 23 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011


Κρόνος-VITAE


Linha imaginaria sólida
Vista sempre una
Peça de mobiliá isolada
Sua ponta não é calda, na cabeça se decifra
Atiça o pré na ocupação
Na posição de cegueira vejo seu termo final
Ambiguidade, deformidade, uma linha indescritível
Fico só com vultos de certeza
Polarizo os densos muros laterais opostos, para fitar cego a rua rolante na direção do desfecho primal
Azougue de esquina para atrair corações bigorna e repelir convicções de palha
Fieira de eu-pião tonto
Navalha deitada sem corte embaixo dos meus olhos
Cambraia apertada nas genitálias
Vozes grandes veem em altas temperaturas
Ultrapassam meus dias livres de seus corpos
Letras frias e quentes vem lentas e rápidas temperando tudo que tem olhos para as esfinges
Carta em branco, pronta para aspirar escolhas sobre o Κρόνος -VITAE
Lampada elétrica apagada vela acesa, magica natural
Verdade que não se articula mais se impõe
Cai faixa impar para compor par aos últimos impares de ocasião
Busco lusco-fusco no advento do escuro
Respondo a pergunta decidindo o passo pensado
Marcando o compasso no laço do inevitável
Deixo-me levar pelos dias com o difícil esforço dos ossos e a dura luta da busca do humor

terça-feira, 1 de março de 2011


DESEJO

Magma em carne flutua livre
Jorrando do interior dos subterrâneos
Evade líbido com odores cáusticos
Alia contração a meu irrigessimento
Dura as horas necessária
Acaricia um lobo sem medo
Brame ruivano doses orgásticas
Sibila com língua de fogo
Arranha-astros burlando limites
Constrói ilhas bem temperadas que apontam luas no céu
Cavalga sobre o dorso da Atlântida submergida fálica
Apascentando leviatãs nos cantos de suas curvas de ondina
Me laça marinho salgado, acaricia minha barba de poseidon
Arrasta boca quente engolindo cada Jonas de meus desejos desobedientes
Encrava unha em minha arada certeza de estar dentro
Pulo diante dos vórtices abertos em teu êxtase, louco para sacrificar cada virginal ponto de teu corpo
Adentro cavando com chicó-tapas marcando alvos para descansar minhas ondas
Te resfrio em mim, me aqueço em você
Ponho para fora, você engole adentro
Lavo seu rosto que lívido sorrir mastigando lábios
Ponho rubrica sobre seus seios
Caracteres desfeitos na gula de suas entranças
Atinjo-te por todos os ângulos
Você recebe com asas abertas se debatendo nos sírios, piscando os pensamentos pelos olhos
Corro por terrenos incandescentes
Queimando os olhos na melanina em brasa
Ando mais manso, você estanca seus fluidos
Esguicho regando você terra mornal, evapora meus líquidos
Dois lados abatidos, porem o desejo ainda se debate por detrás dos abraços satisfeitos
Nessa engrenagem de corpos os intumescidos movimentos acendem caldeira
Apago o lastro de fogo para cozer nos sonhos a aurora da nova erupção
Dormente morno em dia de ilha recém existida ouso você pedir noticia de calcinha perdida de seu corpo