domingo, 13 de setembro de 2009




Décimo primeiro.

Emoldurado por de traz dos óculos ele dirige seus olhos para o mesmo luminoso contador de andares que olho.

Nono.

Ela por de traz dele, enterra a unha do polegar no esmalte descascado do indicador.
quinto.

O senhor na minha frente examina o relógio, e cada volta do marcador de segundos arremessa as mãos sobre os olhos comprimindo a fronte negando a demora.
Quarto.

Giro o pescoço levando os olhos com indagação, mais a traz de mim apenas um par de olhos fixos, voutados para o digital sobre a metálica porta do elevador, volto devagar filmando o trajeto da fila ao lado com seus lábios fechados e um silencio semi-cerrado.
Segundo.

A musica alta do meu fone submerge a espera para uma muda sena de filme, a vitrine da ótica tem tantas opções que confundem os olhos, dela um cartaz com um par de olhos azuis semi-serrados me mira por cima da armação.
Primeiro.

Essa rampa que desce em um elo de espiral escorregando pessoas para cima desse prédio, me parecia antes sofisticada por esta relacionada a livraria, hoje no abuso do uso se vulgarizou
Térreo.

Se Saírem apresados o ascensorista e o calado, mais se sai acenando com mãos e rostos, os 40 anos de paciência do senhor Antônio devem telas amortecido o impacto da decida, tiro fone para ouvir meu bom dia e escutar o senhor Antonio com meu oráculo matinal.
Segundo.

Sobe!
Cinco pessoas aumentam o constrangimento dos olhares, pois permite uma visão mais inteira do outro e o silencio fica nervoso, ponho meu fone e fito o nada, mas resvalando sempre as coxas da quinta tripulante.
sétimo.

Sobe!
O senhor encouraçado por procissão limpa os óculos na gravata
Nono.

Desce?
Não, sobe!
Ela na frente dele termina de desencapar a unha do indicativo.
Décimo!
Desço pedindo licença à dama que com os olhos baixos eu fitava as coxas enquanto ela com o olhar erguido mirava os andares, nesse momento seus olhos cordiais abrem um sorriso, pois não ,agradeço,um obrigado toma o andar inteiro de um bom dia

Na inversão da dor inventada, sem brisa, refrigerando o pavilhão das horas vagas, que de raras ficam inadequadas, para palavras envergadas sobre seu papel, em forma de esboço nunca aproveitado nem aprovado pelo crivo da excelência.Quando vou juntar as portas abertas às pessoas certas? De dois pontos e uma reta a curva não se santifica –burra cética-, faz gastar a sola do bamba e os pés do mais malandro esquadro, sem condução e condição fica no passeio publico, alimentando pombos e pomares de idéias de safra duvidosa, caminho a pé de Parckson, um trago de novidade mais fraco e trôpego para pensar
Voltara emplumada descascando duvidas, ciúmes as dúzias. A quase certeza, é quase inteira metade., mais a face direita protege a esquerda que se oferece covarde.Ainda na beira de saia! e não volte! me arremedo de não ter teste-mundo seu segredo. Vestiria a ovelha de réu se pasto fosse mel para o lobo aliviar-s


Só do credito em sete vezes, após consultar o credor de cabeceira, criado mudo do pastor Mórfeu, o travesseiro de aconchegantes carneiros e insones ovelhas negras,Incontáveis e farpadas em débitos, as frases feitas de incertezas sonolentas, mal dormidas com olheiras mal acabadas, verdadeiro lago negro e vazio a espera do nublar dos olhos trovejantes para encher o reservatório de salobra lagrima abafada e fria. Clamando por -tua fé te salvou!-, aperto e aperfeiçôo o gato pardo para caçar com tigres tristes, alimentados em pratos trincados, com o estomago vazio e o ventre cheio de gavetas da li, de cá, do lado avesso do vazio...

terça-feira, 5 de maio de 2009


Lobo da estepe

Os opostos se atraem, mas não se completam.

Outro dia me joguei de dentro de meu corpo, No lado esquerdo de fora, vi como não regulo os canais do espelho.
Da extremidade assimétrica se vê o oposto que na dobra não se corresponde com a parte que me cabe
Em desdobramento distanciei-me a ponto de tornar-me miragem de mim mesmo
Caduco distante do outro do que sou puxei ancora, puxei cordas, arrastei corrente, belisquei-me porem ouvi o grito de minha voz reverberando na boca de baixo espelhada do vallet.
Percebi que o meu mal afeta em ondas concêntricas as margens opostas
Então não podia ver precipício, que me atirava frouxo.
Testava o limite do EU lá fora
Em uma morna satisfação me gloriava de ter extirpado o lobo que me sugava o leite quando fui dobrado ao meio pela metade esquerda que julgava morta
Mordia o anelar me doía o indicador, martelava o joelho sentia fortes dores na cabeça, arranhava o peito apareciam vergões nas costas.
Eu vodu de mim mesmo
Percebi o equivoco, e com leves caricias acalmei meu lobo, que jorrou de fora pra dentro
Percebendo a carapuça ele arrojou contra o peito forte fuga, caímos juntos sentindo a mesma dor cheia de conformidade e incompletude.

sábado, 18 de abril de 2009


Um salto de carpa que em sua velocidade submerge e emerge quebrando o espelho dàgua
Desnuda a maciez da substancia que envolve sua existência
Jogo pela pupila uma matéria abstrata que cobre todas as angustias secas que dividem a alma
Um ser que não lacrimeja sua dor, seca e despe o seu terno em uma sombra noturna onde suas idéias são embaralhadas por corvos

Um único salto contra a matéria que me envolve quebrara o invólucro
E libertara o éter para a anulação total

Patético!
Covarde!

Sombra que não reluz mais apreende com força os objetos
Cobrindo com nanquim aguado a ilustração
Cravo dentes contra dentes e goteja saliva entre gengiva e céu
A língua pressiona as marcas contra o goto
Engasgado em saudades sinto o salobro

Uma cadeira sentada no sofá em meio a uma silenciosa mobília
Em conferencia na ponta do vértice o acento acomoda cinzas na beira da vertigem
Circunspeto o espelho jorra vida para dentro do espectro luminoso
Aspirado pela calha desço do quarto andar com pesar
Quem contempla em estado de guarita a sala vazia
Desce, vem atar o laço nos passos públicos.
Leia, pense e depois queime sem deixar rastro na pele do tapete do corredor concreto.
Giro com a ponta do dedo direito como apoio, um pé de cadeira se apóia no chão, com a palma da mão esquerda embalo um giro com distração.
Que vigília frouxa, que permite compactuar cadeira e vértice.
Melhor que amor só paz! , discorre o refém enquadrado fullscreen no silencio da luz.
Com magra sandália através das fendas vejo se perder um pouco de imagem, adquirindo desfocada calma.
Cadê a dançarina persa que quebrou o jarro da Macedônia?




Saia de traz dessa maquineta
Venha com olhos nus constrangedores sem etiqueta
Aqui de fora a vejo mesmo omitida do seu próprio ponto de vista.
A vista ou a prazo, omitida ou permitida aqui na foto a varejo na mesa.
De qual lado mostrara o segredo? Sua cara ou coroa
O reinado o tempo que roa, a cara trará o lado esquerdo de sal.
Olha o passarinho passara rápido fica atenta
Lenta não ficara pertinho do rapto do xis, colha!
Colha no pé todos os frutos antes
Bem cedo antes que todas as musas de fé deixem só folha


Tu enceravas o chão com Straus ao fundo, pendurada em balões adquirias leveza Hélida,...quase não tínhamos asas em casa, mais ao simples hálito de brisas amarrávamos balões nos ombros e sacudíamos o dia inteiro como pingente de vaidade ,...longos e mornos como se estivéssemos acordando
Um belo vôo de pardoca travessa atiça núpcias em qualquer hora, mobiliando a mente de afrodisíacos para deitar em sudários de linho o mais belo ninho
Enxames de fadas a constelar-se, um nascer de galáxia que aponta rumos informais à órbitas epidérmicas, mapa de reverberações, guias, sinais imediatos de um querer urgente, conduzido pelos fatos me ponho a ladrar, terreno como cão, para um segundo depois ser alado em vôo de estilingue pupergue
Mais voltamos ao baile valses, talvez o ultimo baile da ilha fiscal fosse inspirado pelo bailado dos casais entre guerra e paz, que Tostóy construiu com meridianos precisos sobre um tabuleiro musical, cada casal em sua órbita girando rodando e transladando-se um após o outro
Você, precisa, elegante, flamingo de parentesco cisnes, arquejava como debruçando sobre os aplausos, erguendo a ponta do vestido entreabrindo um suspense, vestígio aparente de por vir.
Um pendulo oscila em um vai e vem de continua simetria, quando voltais do vôo apossas frondosa acolhendo o espaço que lhe cabe na superfície, desce como Mary Poppins flutuando com guarda-sol

Tulipas às avessas

Lindas flores balanceadas pelo coração
Giram para direção dos meus raios de se-mi serrada retina
Talvez duas tulipas invertidas
Com pólem as avessas
Alimentam sentimentos reais de abelha em pleno gozo de majestade
Sim!
E por essa colméia que lhe escorrem palavras doces pelos lábios
Essas flores que saltam seus decotes montadas por vontades hípicas
Clareiam o olhar de Frida diante da tela
Aroma sentido no paladar irrequieto
Tulipas de balanceado sincopado
Que torce meu olhar ao acompanhar sua coroação
Escapolem impacientes e rosam meu peito com um traço que não se apaga
Poço agora percorrer o caminho por onde eles me riscaram

Visão do Brasil

Pensamentos em altares com sírios
Uma palavra pensada com aureola contida em pequenos círculos
De uma embarcação o poeta lança anzóis em limbos
Apreende palavras que trazem tentáculos de uma frase submersa em rios
Ricos ramalhetes de algas acolhem idéias encobertas em nichos
Tesouros de caldas escamadas como alfaias enfeitadas
Sibilam em néon por entre vitória regias remada por índios
Ribeirinhos febris de morno olhar idílico rastreiam silabas para apurar os ritos
O boi anda em sincopado com chifres de bronze de luz em fios
Bordados de paetês transcrevem para lança de são Jorge lindos livros
Oxum dança com botos e tem com ninfas iaras em coros soluçantes conduzidas sobre cornucópias de lírios
Trintões negros de uma áfrica submersa cavalgam jacarés hirtos
nas folias zanza com palhaços acrobatas com gosto cítricos no olhar
No zabumba encarna o cordel em meio a um circo de bandeirinhas pintadas por Volpi em festa de são João
Lá no topo do mandacaru
Erguida por anjos aleijados uma flâmula tesa roga por nos
Pisca palavras contidas na boca de repentistas de face hibrida
Sinhá vitória abraça Maria bonita que pede silencio a lampião e Fabiano ajuntando baleia aos braços
Dispeden-se do pintor com promessas de rogar por nós da terra do sol em transe com Deus e o diabo ao derredor
De resto o tilintar dos sinos



Sempre desconfiei deste nome: CALCULO REINAL, acho que confere al REINAL, um estatuo matemático formal demais para uma doença.
Não pensei muito sobre, mais a similaridade fonética com Reinaldo me confere um ar pessoal em dicotomia com calculo onde calculo que se somem pedras nos rins.
Ou talvez e mais uma vez seja simplesmente o rins a somar substancias e calcificalas para nos impor sua existência



E esse grito de existência bem que poderia ser sussurrado não bradado com uma cólica enfiada até a ultima vogal nos buchos
Mais lá vou eu novamente para os concertos e reparos
Os rostos são os mesmos pobres e amotinados no rol de entrada são trapaceados pela urgência de minimizar minha dor, o suspiro compreensivo de angustia de se esperar junto da demora e forçado pela razão quase cega mais gentil dos primeiros rostos da fila

Há de se fazer às burocráticas praches de entrada que servem para engrossar a estatística de atendimento e aumentar o repasse de verba para engordar e manter com saúde os filhos de algum contrato superfaturados de terceirização

O arcanjo que faz guarda na portaria já perdeu sua expressão servil de dias de gloria celestes nas portas do paraíso hoje se confunde com as demais fisionomias distraídas em gargalhadas que ignoram o ranger dos dentes
Como pardais chocados por pavões tentam mostras suas plumagens como parte superior de uma estrutura político-organizacional infladas por filhos e netos de pardais gordos engordando os corredores de funcionários alegóricos que organizam filas e colam
Cartazes
No entanto os fins não são abraçados pelos meios em quantidade mais por uma única médica que justifica a proximidade de Eros e Tálamo, em um momento a dor se ameniza pela eficiência das perguntas saídas de entre lábios discretamente untados de um vermelho suave
Porem só por um momento pois o ambiente claustrofóbico não exprime por muito tempo a leveza mais aborta chagas de variadas brutalidades
O mais esperado paliativo e injetado nas veias fugidias que é cutucada pela procura infrutíferas das mãos da enfermeira, que como em uma pescaria se mostra diante do mar sem sinais de presas, fica a dar angustia nas mãos que reage dando tapinhas no meu braço, enfim a veia morde a isca e o sangue enganado adentra a seringa desviando-se de sua rota mais o buscopam Poe tudo no seu fluxo normal empurrado pela seringa.
O tão esperado relaxar dos músculos e entorpecimento dos sentidos de dor não são alcançados
E na angustia da espera pelo efeito, se prolonga o dantesco contorcer de um balé macabro.
Vou até o carcereiro para pedir a audiências que me concedera dozes mais fortes de morfina e um toque de leveza vermelho pálido de sua boca mais com sua autoridade arrogante de um diplomado em ninguém ele me nega o alivio da doutora vermelho pálido ele se poça de um território onde não vale mais nenhuma lei ali a não ser as ordens que recebeu que são repassadas pela sua boca como emanadas de sua própria convicção, esse tipo de profissional limitado foi feito sobe medida para o sistema e o espaço físico que garda obedece sem extrapolar os limites da subordinação e não tirando conclusões particulares que poderiam humanizar as relações
Ali esta ele convencido de que e juiz da entrada para o paraíso sem se dar conta que estava isolado em um metro quadrado de ordens e amputado de sua autonomia
Suas aptidões claramente são expostas pelos seus interlocutores que são guardas os mais próximos de seus restritivos ideais
Disse-lhe que não tinha talento para o oficio que exercia me arrependo de tê-lo dito al analisar a situação, pois caberiam mais razões na raiva se reformula se melhor as frases de agressão verbal por mim deferidas.

VESTIDA CIRCULAR
Vestida circular, com saia de seda,
Seu giro dilacera o instante
Erguerei girlandadas florais
Pendurarei em nuvens lentas e luas
Ficara como deuza hindu, pendular em um balançar sincopado anil.
Nesta nevoa seus seios cairão libertos
Sentidos pelo meu peito eles parecerão coisa paz
que se juntam em par sobre meu coração rosando seus bicos as meus pelos
Seus olhos ouviram os clarins e fecharam-se para escutar o macio som do sorriso que me arrancou o chão de sobre a planta dos meus pés
Vestida circular como um circulador de fulô que giranos a sóis bem distantes e mornos.
Uma frase pendurada na ponta da língua escorrega até seus ouvidos como garça que plaina sobre seus pensamentos querendo te dizer coisas belas e leves como uma saia de seda circular ramada de fulô.

Um espaço para contemplação, onde não esteja sobrecarregado, haja um vazio envolvendo somente uma forma.
Forma esta que na conseqüência se evidencia sobresaltando: um termo, um caminho, um objetivo e um propósito.
Nós formamos o objeto que só se mostra evidente em nossa particularidade
Não somos nada quando somos circundados, alias somos como os demais, só alegoria decorativa que não deixam - se destacar para não perder a unidade coletiva.
Mas nossa individualidade uma simétrica dualidade onde servimos de canal direto para um crescimento contemplativo
Vejo-me perdido em um encontro com um sorriso que aponta para o céu como prece santa
Sejamos sempre um unitário conjunto agregando desejo e razão, amor e paixão, briga e perdão, erros e acertos.
Sejamos simples complexos um normal casal!
“” SAIBAS que não te amo e que te amo feito de que dos dois modos é a vida, a palavra é uma ala do silêncio, o fogo tem uma metade de frio.Eu te amo para começar a amar-te, para recomeçar o infinito e para não desejar amar-te nunca:por isto não te amo todavia.Te amo e não te amo como se tivera em minhas mãos as chaves da fortunae um incerto destino infeliz.Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.””Pablo Neruda

Teus passos em distanciamento recolhem meu sorriso
Da imagem ficou só cenário, eu esquadrinho a memória para compor as cenas.
Acordo em monologo afastando a trilha sonora que ambientaram as cenas deste epílogo
No silencio só imagens mudas que se multiplica em casa de espelhos
Lá em seus detalhes mora um cabelo, um olhar, umas palavras rápidas e distantes que ressoam de dentro de concha.
Sinais ainda sei seguir sem bússola se lhe visitar o corpo

Renascimento

Cicatrizes inda em pontos sustentam cadaços no peito
Caem escamas dos olhos com a flechada do arqueiro luminoso que acende folhas de sarsa iluminando e santificando o leito

Óureo quarto que em estado de lampião arde sua ourela de astro vagaroso, querendo fazer abobadas góticas o teto boleasse sobre a pressão do praser que se reverbera como tinir de sinos no finado dia da morte que pesca vida farta saltando em convulsa possibilidade multilateral, nestas medidas cabem somente o inicio que engole a eternidade.
Com um marcar de destino utópico
Morna a beira da fervura sobe como leite porem quieta em estado de superfície plana de lago toco-a encosto todo meu EU que em círculos concêntricos cria sobre o espelho d’água,.. distorcendo o real com reflexos abstratos
Em um raio monto sentido na maceis da velocidade do baticum, uma cadencia que rola harmônica e organicamente organizada.
Pula todo TEU que com mãos de regente direciona o ritmo explodindo em algazarra de acúmulos bem encaixados
Derretendo como vela de sétimo céu que não finda no piscar do ponteiro , atisão-se os candeeiros para uma nova vaga de estrelas no fundo de um mistério próximo e simples(amor)



Quero verte daqui de baixo
Ser suspenso por seu olhar
Posto em sua órbita sem perder sua retina crispada de um raiar castanho amendoado
Seu sorriso amante liberta luz
Varando-me como espada de sol clareando todas recamaras
Solo fértil me põe para ser arado por suas mãos em estado de garças
Seus cabelos copas de arvores frondosas cuja sombra astros e pássaros que rolam sobre a superfície da silhueta que se projeta
Calminho adormeço em suspenso sobre suas palmas estendidas
Flutuando entregue a uma exposição de detalhes emoldurados de despedidas doloridas

Daqui de baixo não lhe vejo com clareza

Suspenda-me.

Quebrou-se tantas vezes que não, mas resistiu.
Amou-se de tantas formas que não, mas restou renovo.
Faltou experiência em se focar.
Foco em se pensando não pulverizar o amor no uso desenfreado de suas energias voltadas única e exaustivamente para um ponto de atração
Fui um hábil amante por ter conseguido amar de forma tão intensa e variada a mesma mulher
No entanto perdi o olhar poético de um amor utópico quando, deixando meus ares aproximar-se demais dos seus olhares inquisidores que de imediato perceberam os defeitos de forma tão próximo que inevitavelmente incorporou-os a si mesma esses´defeitos`foram se multiplicado e ganhando proporções que superaram todas as estaturas das virtudes benéficas advindas dessa fricção que lhe encantou.
A beleza da admiração deu lugar a um expurgar-se dos meus defeitos que iam permeando-te e minando todas minhas qualidades.
Com acusações constantes e exigências feitas sobre uma carga inconsciente de auto-cobrança punindo os defeitos que de mim era absorvido por você, ouve então um reforçado acento no que em mim era apenas um equilíbrio natural.
Perto das circunstancias familiares todos os homens se desfazem em acusação quando a circunstancia o desagrada, ou em vaidade quando lhe agrada.
Na acusação, com medo do que lhe e intrínseco.
Só repudiamos o que conhecemos no trato diário ou esta submerso nas câmaras ocultas do inconsciente.
Só desejaria uma forma possível de poder continuar amando-te com o distanciamento perfeito para que da leveza da contemplação você me admirasse como de inicial
Perdoe-me pelos excessos eu te amo mery!

Tracy Chapman
Um bambuzal macio posto ao vento
Em um desacampado longelinio verdejante
Como pluma suspensa o céu inclina seu azul sobre sua voz
Um córrego de suaves e pregiçossas águas mornas
Verte uma lagrima que sorrir no findar do tom
Ha. passos rasos se arrastam seus estribilhos nasais
Firme, limpa e chara na marcação da palavra.
Reluzindo a beleza rítmica de uma gramática desconhecida
-Porem rica de signos gloriosos que reluz a paz harmônica de uma seção espiritual oriental
No umbral e espargido azeite
-Que santifica e transfigura a expreção, por mais retorcida que esteja a fisionomia do ouvinte atento.
Lá no intimo as águas se aquietam
Vertendo vapores aromatizados por florais
Ressuscitando alianças naturais entre a terra e o homem

Quando a noite oculta os atrativos do dia

Uma voz rodopia e assovia..............................................mais curva e elétrica que enguia
Arredia porem macia............................................................ se vulgariza na palavra vadia
A distancia de ânsia do coito do dia.................................... goza em estado de nevralgia
Com guias e linha costura a ortografia................................. que foi suprimida pelo dia
Queria querida lua lilás............ por um tempo que se fia e jaz ................ um pouco cais
Desdita o dia......................... que se escrevia................................................. e não lia
Despedia a noite que ria do dia.......................................... ate que mia o ultimo vigia

Postavam-se soberbos diante da entrada como selos lacrando os portões balançavam asas crispadas, giravam espadas, fitavam-nos com olhos pesados, severos, embebidos em ordens compridas.
Eu a olhava pensativa perdida em observar-se descobrindo a dor em meu olhar pensado. Razões criavam uma mistura de noite e dia, havia magoas contida na nova aquisição certezas incertas, dependurada em meu tórax ela ofegava roendo unhas cobrindo nossos sexos corando-se nervosa. Eu tenso Lancei um ultimo olhar para o jardim vi uma arvore central muchar-se ate consolar-se em um salgueiro sobre coros mudos de ciprestes, secavam-se suas folhas, culpada ela sacudia os últimos frutos que eram consumidos rapidamente pelo pó da terra que sua vez era alimento das serpentes

Planta baixa

Nosso cubo onde particularidades suas e minhas esvoaçavam pelos cômodos livres e nuas
Avia um lugar especifico para uma faixa de lagrima, para um buquê de alegria.
Hoje não me apreendo em um lugar espécie, mas qualquer lugar flâmulas se estende com um impar cintilar molhado e salobro.
Nossas quatro ou quarenta paredes alugadas para aperta-nos libertaram nossas almas para o rarefeito
Que efeito aprimorador de devaneios imperfeitos
Na cela tridimensional havia lugar para tudo, tudo tinha seu lugar dês do mais vulgar quadro a mínima camisola.
No quarto quadrado quatro por quatro
Os estimados animais e plantas batizados fugiram em direção silvestre era ecológico e lógico o amor.
Nos tédios fétidos fazíamos festas
Nas alvoroçadas amizades visitantes avia som na estante
A musica compartilhada; frevo jaz samba multi tonais vicejavam ondas audiovisuais.
Hoje danço uma valsa de um par de pés




Optar?
Casar ou roubar bicicletas?
Dar sentindo aos passos rumo à rua
Caminhando a pedaladas mais brandas

Mais do mesmo

Da dor rejeitada, estancada e jogada as favas.
Atiro dardos detraídos no alvo lençol
Cambitos de coxas roça as idéias
Abortando os projéteis matrimoniais
Na distração do vazio acumula-se musgo nos ponteiros dos olhos
Secando lamurias de estruturas estéreis

Fatio o bolo de meses emprestando datas aos marcos
Com belos obeliscos leve-esguios como pernas de garça
Entre centopéias de deks avançados em estado serpenteastes por sobre o espelhos d’agua
Refeito do impacto mais acumulando reservas por sobre lembranças
Caminho amortecido contando sete vôos de pássaros
Direcionando-me a caminhos bifurcados em carretéis
Para tecer dúvidas al seguir no tear de cada história
Malungo de giras boladas trava,... Vasculha o varal ninando as novas vestes que descobrem um novo corpo
Lacaio do EU, brado a necessidade de estar só no ponto, há escolher na telha qual coletivo agrupar-me.
O cavalheiro do lotação puxa a cigarra do verão
O bonde para em um rodapé para eu explicar com cuidado a moça do ponto X da questão o ponto G
Armas parênteses abrindo: pernas, asas, aspas em questão meramente sonares captando o destino do seu vestido sobre as cochas.

Rejeitando a sonolência do martírio vira-lata-sentimentalóide parto em incursões diárias psicografando a cartografia de uma nova Canaã



Olha imbecil, escute...
A luta de classe existe.
Qual e sua classe?
Vamos, diga!





A pereciva

Quando a beleza e superada pela realidade
Quando perdemos nossa pureza nesse jardim de mares tropicais
Quando no meio de tantos amigos espiramos o mesmo bafo de vermes em tatos poros animais
Ou quando fugimos da rua para dentro de nossa casa e a miséria nos acompanha com suas coisas mais fatais como a comida o disco o livro a roupa o prato a pele o fígado em raiva arrebentando a garganta em pânico um esquecimento de nós inexplicável
Sentimos finalmente que a morte e que converge mesmo com fome de vida
agressiva



Não e mais possível esta festa de medalhas
Este feliz aparato de glórias
Esta esperança dourada nos planaltos
Não e mais possível esta festa de bandeiras
Com guerra e cristo na mesma posição
Assim não e possível à ingenuidade da fé a impotência da fé
Não e possível mais
Somos infinitas, eternamente filhos das trevas.
Da inquisição e da convenção
E somos infinita e eternamente filhos do medo na sangria no corpo do nosso irmão
E não assumimos nossa violência
Não assumimos nossas idéias como o ódio do bárbaro adormecido que somos que somos
Não assumimos nosso passado tolo, raquítico passado de preguiça de prece.
Uma paisagem, um som sobre almas indolentes.
Essas indolentes raças da servidão a Deus e aos senhores
Uma passiva fraqueza típica dos indolentes
Há! Não e possível acreditar que tudo isso seja verdade!
Ate quando suportaremos?
Ate quando alem da fé e da esperança suportaremos?
Ate quando, alem da paciência, do amor suportaremos?
Ate quando, alem da inconsciência e do medo.
Alem da nossa infância e adolescência suportaremos
Não conseguimos firmar o nobre pacto entre o cosmo sangrento e a alma pura
.............................................................
..............................................................
Gladiador defunto, mais intacto.
(tanta violência, mais tanta ternura).

Mario Faustino

Eu recuso à certeza a lógica o equilíbrio eu prefiro a loucura de por filho de aço
Assim é tão fácil
Fácil?
Romper com tudo com todos sacrificando as mais funda ambições
O que sabe você das ambições?
Quero me casar ter filhos como qualquer outra mulher eu fui lançada no coração do meu tempo eu levantei nas praças o primeiro cartaz eles vieram fizeram fogo amigos morreram me prenderam me deixaram muitos dias em uma cela imunda com ratos mortos mi deram choques elétricos me sentenciaram e me libertaram...



Quando voltei para eldorado não sei se antes ou depois quando revi a paisagem imutável a natureza a mesma gente perdida em sua possível grandeza eu trazia uma forte amargura dos encontros perdidos e outra vez me perdia no fundo dos meus sentidos eu não acreditava em sonhos e mais nada apenas a carne me ardia e nela eu me encontrava
.............................................................................................................................................

Mar bravio que me envolve neste doce continente
a este esquecimento posso doar minha triste voz latina mais triste que a revolta dos muito mais
vomito na calle o acido dolar avançando nas praças entre´niños, susios, con sus ojos de pajaros ciegos`
vejo que de sangue se desenha o atlântico sobre uma constante ameaça de metais a jato guerras e guerras nos paises exteriores posso acrescentar que na lua um astronauta se de por achado todas as piadas são possíveis na tragédia de cada dia eu por exemplo me dou al vão exercício da poesia

Mudar pra que?
Ir pra onde?
Com que armas eu vou mudar?
Recebi o dom da voz dessa carne fustigada destes olhos que sugaram muitas léguas caminhadas nesse esquecer horizontes que outros poetas buscaram


Qual o sentido da coerência?
Dizem que e prudente observar a historia sem sofrer
Ate que um dia, pela consciência, a massa tome o poder...
Ando pelas ruas e vejo um povo, magro, apático, abatido.
Este povo não pode acreditar em nenhum partido
Este povo alquebrado, cujo sangue sem vigor...
Este povo precisa da morte mais do que se possa supor
O sangue que estimula meu irmão a dor
O sentimento do nada que gera o amor
A morte como fé não como temor

O que prova sua morte?
O triunfo da beleza e da justiça.

Transe dos místicos olhe bem nos meus olhos, nossa pele.Se começarmos a ver as coisas claras, o

O vento convida os passos indicando o caminho a ser percorrido
No coração as incertezas são embaraçadas pelo sopro de impulso vindo do fluxo do tempo
No olhar combalido as certezas do já conhecido espaço espalham duvidas nos obscuros caminhos eólicos
Caminhos esses que movimentam a inércia com uma brisa convidativa cheia de proposta não imposta mais livre
Mostram-se fria em seu esvair-se inevitável
Independe de aceitarmos ou não o convite para valsa a musica não se extinguirá soando e nos levando a um inevitável envolvimento cabe a nos descansarmos nos braços do convite que reserva clarezas incertas nos fatos preliminares ou no vácuo se lançar desengonçado

O surdo amplifica o tato na vasta muralha onde cabeças rabinas balançam tranças no repicar das testas batendo em sons ocos
O cego ouve o ínfimo ruído na calma mal-drugada com a amplitude de discernir o movimento pelo som de silabas mortas no silencio dos passos restabelecendo a comunicação

Do amordaçado mudo dizer surge à grafia disritmica
Acostumada às dedilhadas preguiçosas dos anjos que explodem no Word em forma romana de tempo juvenil (Times New Roman)
Porem o vestígio do traço alia sentimentos ortográficos mais fluidos ressuscitando o tempo do pensar ortodoxo mais fluido carregado de palmadas de mãos deixando manuscritas digitais caligráficas
Uma surra de substantivações,... Como isso mono aquilo,... Vão dando ritmo ao coxo no repetir simétrico das palavras lavradas em uma forma pré-estabelecida que catapulta do inconsciente palavra imagens negativas quaradas em paragens umedecida em pedra de anil para clarear
Todas as palavras emergidas da multiplicação do´´vitimismo``,... (palavra caída de boca),... Das nodoas que sobram posso fazer visgo para prender o pássaro novo ou ficar como louco a grunhir cantos arcaicos de chamamentos, para atrair corvos do passado.
Porra o distanciamento só secou lagrimas e mudou o foco e ai! Cadê o mestre do tempo para convergir o que foi com o agora e lançar redes no porvir que em sua emersão não mostra seu conteúdo,... Porem por mais tolo que vá al oficio um pescador ele já prevê a substancia que vai emergir do oculto
Será?
Quebrar como vidro e refletir-se em multifaces ou diluir se na ampulheta e descansar comodamente na parte de baixo do tempo
Onde esta meu quinhão? Não vou andar por terrenos fossilizados dando círculos por suposição extra terrenas
Vou até o livro mais próximo do andar das idéias e complicar o divagar com a mente no ocioso criativo e entender a condição humana de futilidades na escala da cadeia alimentar alimentada por egos-excremento
Com permissão ou permissividade dos pronomes de tratamento de par há-caráter com o tátil e as mudas imagens sem codificações que dançam imóveis e gostando do sentido estático do não existir que o morrer pagão os confere, digo:
-marques, viscondes, duques, reis. Rainhas, artistas,
Seu titulo?

O labirinto do fauno



Depois de perder a realidade, acompanho os passos para dentro do sonho.
No labirinto cruzo com a imensidão do meu eu buscando por partes intactas do que existiu fora do sonho
Lá no fundo você me visita com pesadelos de sua fuga para o concreto
Com ânsias e desesperos apago suas pegadas para desorientar a lembrança
Carrego na textualidade os últimos goles de paixão
Das mirações fugidias me aparto, partindo-me em dois lados de vazio:
Esse sistema bifurcado emperrado de idéias e idas a lugar nenhum, dessa garagem de palavras à garganta não articula sedução.
Um monólito calcifica a tezão e não ver-se livre na maciez de outras peles
Nessa oficina o acerto não concerta as incertezas
Agrupando pedras no caminho de José com interrogações afirmativas (e agora.?)
Será hora de voltar para um olhar calendoscopico ou mirar o infinito
Se dos litros bebesse não somente o líquido mais absorve se a translucidez talvez libertasse a luz tornando-me vitral ou apenas uma cristaleira recheada de relíquias mofadas pelo isolamento
Constipa-se a felicidade adoecendo o sorriso
Das emoções e prazeres um mantem combate recusando a rendição golpeando o porta estandarte da rendição
Pintando de vermelho sobre o branco da bandeira, suspendendo ao som com ecos o pavilhão na guerrilha lírica.
Nem Leonor sentiria medo do empobrecido soldado vencido
Nem dor move a sentinela adormecida das novas vigílias relacionais, arranca hóstias desfeitas no coito interrompido.
Engaveta os olhos e anestesia o tato aumenta o volume das informações sonoras e confunde os ouvidos
Abre o volume da ansiedade que gagueja de nervoso nas frases mais próximas das recordações, a acústica dos fonemas trepida oscilando do agudo recordar al grave esquecer.
No trago da nova espécie adenite-se o gosto doce, porem com voltas em aspirais a cortina de fumaça cai e deixa o locutor asfixiado, em um monologo sem um interlocutor que amplie o diagnostico pré-escrito na bula do longo conviver
Talvez as idéias que faço dos sentimentos esteja encoberta pelo excesso de figuras, símbolos que distraem o fato, trasladando-o a um patamar onírico onde revestido de supostas poética caem bem acomodados sobre meu próprio olhar futuro.
Por papa deposto de seu clero o homem da lugar al profano senhor da penumbra que expondo o viés deixa inacabado o papo para cobrir o por vir de acréscimos
Fingindo a dor o decapitado suspende sobre a multidão seu olhar mirando o próprio corpo desmentindo o que finge sentir ate sentir-se perdido a cabeça realmente
Mais inteiro se acha o fauno al confundir-se com o próprio labirinto que cerca o destino nas vielas da razão o consciente clama por um caminho menos exato minando a lógica com entre abrir de loucura passional criando atalhos por entre os corredores protegidos pelo minotauro, que o persegue com a osmose no animal orgânico, mais nas mata-linguagens o Grifo Poe asas e olhos de águia em corpo de leão evocando o homem espiritual que se vê suspenso por sobre o labirinto do fauno

O caminho de José

Gaguejando nas mesmas silaba de palavra intermitente
Ocupando o mesmo pensar da pedra a construção edifica outro cavalo selado sem jockey
Filtrar o tempo e nutrir-se dos resíduos
Deixando a cascata límpida selada no batistério transformar-se em água parada
Mudas das mesmas plantas, fora de escala, povoam o jardim de uma botânica anêmica, empastando os olhos de presa, deixando os dias na letárgica velocidade.
Tragando a coerência para ludibriar na incoerência o bosque do mesmo paceio publico, de lobo em mal habito.
A labuta luta para instaurar o CAOS PRIMORDIAL, no espelho límpido, refletindo o mesmo que se posta diante dele.

Cadê as pedras que estavam aqui?
Correram novamente para o circuito oval do caminho
Minha nuca se constrange dos meus próprios olhos rijos fitando-a
Aqui está à pedra Jose!
Nem três Marias ganham o caminho da roça, nem a roça ganham caminhos ate Maria.

Vá pelas pegadas numeradas com erros, para acertar todos com exatidão, ou, descubra acertos pisados por entre as pedras.
O canto do galo gordo nega por três um novo dia amanhecendo.

Um são Pedro magro afirma sustentando sobre os ombros uma catedral funesta de vitrais opacos:
-sou o Cefaz que conduz o estandarte puído, fundamento do verdadeiro caminho.
Está escrito nas palavras cruzadas: aniquila-i as vogais mouriscas

Do alarde pinga baba pelo canto da boca
Que nem aceita nem nega o mover das águas

Manda três pedras a mais para terminar o castelo, pois não há torres de vigias.

O bramido contra a cria da mãe detonando disciplina no meio da tarde, aglutinou mais morbidez ou silencio circunvizinho de meus ouvidos.
Nessa via única de dialogo o emissor reponde e sofre as próprias questões sem a experimentação do interlocutor, o escritor ao menos tem sua contra partida do leitor, mais o ser social cativo de expressão abstém sua condição natural de humano no torvelinho de especulações.
O substrato que move o carrossel das demissões cíclicas: o dialogo naufraga na unilateralidade das idéias por mais dialética a personagem empregue as tese se aliam as anti-teses confundindo a síntese com opiniões advindas da mesma fonte, sendo assim parte já estabelecida do mesmo conceito questionado.
Hoje até as contradições de um berro materno poriam animo a tarde vazia de opiniões

O açougueiro

Um frigorífico gélido e ensangüentado.
Crua carne em postas dispostas em ganchos.
Deserto vermelho coberto de nervos brancos.
Encolhido, nu, pálido e arroxeado inspira sangue e aspira uma fumaça vaporosa.
O cutelo flutua desossando.
A carne enxuga lágrimas deixando magoas viscosas.
No domingo de manhã, Poe a roupa alva, debruça sobre o balcão, aposta no time.
Perde.
Mais tarde se encontra bêbado nu, em um canto do sanitário entre o Box e á lixeira cheia de carne vomitada.

Nunca se assentes de mim para que eu não sofra mais...

Todas as tentativas de fuga para um campo arborizado não sustam efeitos, uma ancora pesadíssima me prende os pensamentos em você.
Não mais te tenho como porto de chegada mais estou naufragado em águas densas e profundas cercado por um sufocante sentimento de perda e desprezo
Percebo o quanto estou glacial em meio as quentes visões de afeto nas multidões
Desfilam por mim cenas nossas que atestam uma felicidade
Quando lhe cobri de pétalas um sorriso meigo e romântico evadiu nosso quarto
Meus objetos e roupas não envelheceram para testificar que nos viram em estado de luz minha camisa já lhe rosou o ceio
Meus quadros lhe puxaram os olhos e prenderam seu espírito em mim
Minhas palavras louvadas em estado de amor estão guardadas em algum lugar de seu quarto pegai e insira uma luz poética de sentimentos em suas magoas
Você passeia e a cada pisada sustenta uma recordação que e libertada da memória de meu peito
Voam suas imagens pela minha íris
Entramos juntos em contato com sentimentos fortes que acarretaram experiências que nos desnudaram lagrimam doces e amargas
Nessa mistura agridoce temperamos nossas almas com o sensível do humano
Discutimos ate nos aborrecer sobre política, religião e razões, ivestigamo-nos ate conseguirmos ver o que há de pior em cada humano em nos.
Sentamos depois sobre o trono e administramos com cetro forte nossas diferenças e deixamos esvair de nossa memória a matéria deliciosas que nos sustentou ate... ate... ate...
Engulo as lagrimas e prossigo com as ternas lembranças

quinta-feira, 16 de abril de 2009


Nova topografia amorosa

Esses terrenos sentimentais instáveis cheios de declives, irregular como a superfície do mar.
Uma meta deve ser útil para arrumar o destino, marcar pontos de fertilidade.
Nesse sorriso o coração ainda anda tonto com garrafas e cigarros porem o lirismo se aproxima e marca o inicio de transformações
Com a alma desprovida de expectativas e o coração cheio de tristezas vou andando na pedra esperando que o ócio se torne criativo e os sons das pegadas se arrastem por passos, mas mansos e tranqüilos.
O rastro na pedra só e visível com a memória fria e excitada lembrança
Dos ventos noturnos o vento ama o frio e os lençóis aquecem amores que se permitem
No frio percalço cabe calcanhar flechado para não voar
Valto a pisar a rocha e sentir o gelo que o tempo anda a impor


De sorriso em sorriso o sol busca espaço entre a madrugada e a manhã
De beijo em beijo descubro as subtilezas de seus lábios que tiram o amargor dos meus selos transladando-os em abeis amantes e aprendizes de uma nova ordem
Do canto dos ombros emolduro o passado untando-o de verniz para conservar seu ar vencido pelo tempo de musa medieval petrificada em planos sem perspectivas
Dos novos seios o rastro do tempo que lhe conseguiu arrancar vida em mim resta uma saudade dos ainda não vencidos que eu me alimentava de caricias, vitalidade e viscosidade.
Nos cabelos uma familiaridade sente os dedos ou postar-se na nuca garfando os fios se estabelece um engano de nunca ter ido embora dos arvoredos que colhia frutos e alimentava-me recostado em seu tronco
Uma topografia bem diferente agora um corpo marcado pelo uso desenfreado de sua vitalidade
Ontem bem diferente sem luz, mas visivelmente lindo.
Das curvas as retas
Das curvas imóveis a linhas retas velozes como flechas alvejando alvos a todo instante


Porem preso ainda nas curvas

Pequerrucha

Nem sempre a solidão contrapõe-se a alegria às vezes se alia as reflexões, ai sim da tranqüilidade otimizada surge uma paz comedida que aveluda os cantos aparando arestas, diluindo por todas as direções líquidos refrescantes, polindo as escamas deixando reluzir as idéias afloradas no cerne das colinas em ecos melódicos aproximados do som que existente em conchas marinhas.
Trinado de pássaro conduz os livres dos ferrolhos a uma habitação infanto-juvenil de lendas-arte fantásticas recordada na memória por cirandas e modinhas de tenros anos puberdicos
Novas bossas de velhos cantores renovam o cool de cada dia,... E do violão surge clamor para que uma voz acompanhe os papa-fumos caipiras fundindo o interior com a maresia jazistica
Nuvens descarrilam entrecruzando os laços de noite a se manifestar, do vento o ar de Vênus brisa sobre os olhos umedecendo os cantos fazendo dos cílios irrigados fios de reflexo prata.
Magnífico como as nuvens aqui passam por buracos de agulhas criando vagarosas e finas serpentinas brancas esticadas como linha de pipa para festejar o silencioso vento
As embarcações transportam calma por toda lagoa de esguelhas atinjo a beleza da menina e dou mais um gole nas frases da revista e leio o rotulo da cerveja embalando copos em canções miúdas
Com plana superfície a laguna clama por Narciso que se despede do reflexo com os timbugar das nadadeiras refrescando o crânio nas macias Ondinas
Da areia o olhar me espera sem se mover de seu ponto de vista, aguardando a retomada do meu corpo.
Em meu contorno o corpo entornado na areia pede um beijo que lançado com al mar dos desejos alivia os traumas de pescaria em tardes nubladas
Os deques aspiram um dia chegar a ser ponte entre esse lado e o horizonte só que na calma distraem os pés pendulares como manga em suas bordas
Pinga uma gota tímida e ávida de pele que descobre calor tropicano maior do que se pode resfriar, mais no desgelo dos árticos hemisférios tenho gratidões a dar a laço de fita na cintura da colorida mulher dos afros sambas de Bem-jor que arrodiada de areia branca sem Abaeté de lagoa escura e com verdes olhos de leoa me apascenta de grão em grão como uma Chica caracolando os desejos na ponta do pires.
Na casa a família contem honras matinais como a que o sono merece ao ser acordado, um afago no rosto da criloura, maxixes e lundus de bom dia nos ouvidos uma vistoria completa no corpo atesta que o sonho ainda esta nas pálpebras, afastando a concha de ninho que forjei durante a noite, afasto o hálito no pequeno espaço de separação entre o seio e a boca, parabenizo um a um todos os envolvidos, arranho o lençol com um espreguiçar felino e caio sobre os pés para continuar calmo.

Musica

Bicadas de dedo na palma da mão
Salivas sopradas por dentes trincados mastigam penúltima letra do alfabeto
No chão encerado escorrega um tinir de gritos que alterna entre o súbito e o esperado
Que relincho de cavalo forma essa curva de arco arrastado na cela
Nisso os baques andam vadios no volume máximo, sem sutileza nem empurrão apenas um turbilhão de vodka em dozes jazisticas quebra o ar propagando sons.
Lá vem o modal com seu suicídio decretado na FM; vão formando fila os produtos na cessão de perecíveis.
Eu aqui em um solo ouvindo o trafego de cores e pássaros que fluíram como imigrantes do falante baixo, alto, médio-porte.
Nana em terra particular alimenta o ócio monitorando os participantes da refeição.
Desloca um céu e embrulha o peito de estrelas para beijar melodiosamente o pescoço pousado sobre o ombro da mesma música concreta que arde no sol fá.
Quantas notas terão em seus lençóis?
Ou esconde uma sinfonia entre a testa e os pés?
Beijo com ouvidos ou com a boca?

Mundo cão

Latio o sexto cão
Abrindo passagens para o silêncio do sétimo vira-lata
O primeiro já morde a calda
Sem nenhum constrangimento
Com as patas cruzadas
O quinto não enxerga a bicheira do quarto
Que morde a ferida inchada
Lá vai a segunda
Agarrada ao terceiro em cio


Mouro

O mouro deixou seus minaretes em ruínas
Com sangue cristão banhou-se de escarlate
Diante da alva espanhola limpou-se desajeitado
Tirou as argolas e fez menção em der lhes
Pois encoberto pelo véu baixo sobre os olhos entreveria uma presença sua brilhar no lóbulo da branca espanhola
Só pode ouvir o zumbido de brilho entre o rosto e a esperança
Crispado acumulou sal nos olhos
Fez da garganta uma corda cheia de nós
Com a adaga caída
Pos-se de costa em meio aos escombros da batalha
Lavou o sabre em lagrimas
De esguelha fitou o ocidente
Vendo a espanhola debruçada sobre um cadáver
Tentando unir cabeça e corpo
O vento adormeceu o olhar do mouro
Que para o por do sol grunhiu silencio
Hoje os minaretes são lindos
Sobre uma casa cheia de crianças

Morro do BOREL
Neguim miúdo, anelando na mente as glorias do bagulho doido do cotidiano querendo muito da pouca oferta, das grimpas da decisão balança na incerteza, expandindo o território e diminuindo o campo de visão.
Nas rodas da lotação o pulmão leva resina e anestesia o fiel coração que abandona a sola do pé pedindo reconciliação com o peito
Dos pá puns do batidão aos acordes sincopados do samba canção
É só uma ponte que divide a baia como uma tiara no rio grande
O piloto respeita a gravidade mais o trocador parceiro de carburação ameaça decolar e assume o caixapante descansando o troco
Dona Leopoldina cruza suas avenidas como cruza as pernas e no novo rio o caminho do borel fica no tijuquinha vazio de gente e cheio de noite que sente a lua clarear os zincos pisados por gatos vira-latas
Os prédios povoam as pupilas delatadas e espremidas pelo serrar dos olhos no lusco-fusco das luzes as camadas de paredões prediais se banguelam-se para mostras o céu da boca da cidade
Apeando do lotação são Miguel nos convida estendendo sua avenida, mais sugado pela viela sumimos da proteção nas veias do morro com o morro na veia.
Jogo ronda noturna com o descanso do Búiu e dos lucros já penso na fama e no tubo de um real lançando neve no verão
Da laje miro a avenida, portal pro bem e mal da cidade no torcicolo da bolação vejo os gatos no telhado e os asfaltados carros, atraz de duas cores, vendo a noite toda em azul e branco, verdade, que mais branca que noite, as cores do Santana não se mostraram e fiquei a ver o amarelo dos táxis que subiam trazendo tubos de onças e decaiam levando nó na garganta.
As siglas começaram a cantar na igrejinha mais o louvor do AK47 foi abafado pelo samba mundano do G3 do borel e nesse encontro de vocalizes o fio di-menor arrasta o bico do dragão, com dificuldade não consegue segurar o coice do aço.
Nas noites de serenata as amadas se enclausuram nos castelos rezando pela vida dos pequenos príncipes
O representante da orquestra manda buscar a sigla desconhecida para dar a nota final no arranjo
E com um som morto na partida de sua vida o céu é riscado com um réveillon antecipado mostrando que aqui os anos envelhecem rápido
No desconcerto do concerto caio no beco e como em uma ilustração de Escher subo querendo descer
E de vagarzinho desencontro-me de Wagim e perco o rumo descendo o labirinto que sobe, mais enfim a proteção da avenida são Miguel, meu arcanjo me socorre com uma coca cola e um canudo remando uma canoa de um galo.
E devagar os dentes mastigam o queixo barbeando a puberdade com dozes de realidades intensas
O sol mostra-se revelador e opressivo devagar os passos dessem o céu do Borel e a cidade me engole bem temperado

lembranças

Na galeria furta cor saio pálido, em mente só há uma espera, aquele leito revirado no dia seguinte e um sorriso de mau hálito suportado na ponta dos lábios.
Nos revés procuro apalpar com lembranças os quentes arpejos de suaves ranhuras grifadas no metal, uma lito-gravura que imprime sua imagem que pelo circular do peito se amarela na estante dentro de um velho livro de poemas.
Talvez este tempo não representara mas que relíquias visitada ,em seu tumulo talvez leremos juntos os erocrifos empoeirados e velaremos diante de velas que derreterão
Que glutão o tempo se mostra envergando ossos e consumindo o presente como em Dionísia festa de bacantes onde tudo se converte em excremento para combustível da fugacidade dos dias de agora
Não quero te tirar de gavetas e desdobrala com cuidado para não desfazer em poeira, mas verte e golpear com formão outras formas que irão se atualizar a cada afago do buril.
Ha. ação de amar lhe ofereço e te convido para ser matéria de afetos trocados.

Lançamento de pedras para o ar uma posição sem duvida de alvo se firma sobre a lei gravitacional
No átrio do palácio o lava pé divide o sol do frio mármore com teto de vidro
Jorra um comprido tapete vermelho da nuca escorre pelas escadas
Alguns apêndices na revisão atribuem as discordâncias falta de compreensão de uma complexa linguagem que não foi posta junto aos cabelos atraz das orelhas
Pendular como brinco cativa os olhos da voz um acidente de idéias que em colisão misturam-se em processo de dor
Foi uma fatalidade ter escolhido os ares onde a gravidade aconselha a descer até o átrio indo e vindo
Que chegam com os que se foram e os que estavam indo a algum lugar
Pronto!Estou na marca de cena,assino com uma ultima rubrica.

Jantar

E rara a faca na presença da taça
Que se faça o corte forte
Quebrando-se a fatia
E farta a fala no tinir da taça
Tranca o prato na mesa na mesma ordem de talher
Desfila trança de mulher de taça em taça
Afunda no sofá aprofunda a conversa
Alonga o olhar
Alias a trança tranca o dedo anelar
Encurta o papo como se despede do garfo
Sutil faiscar de ouro raia
Aliança que late não
Olhar solar de vitral há salgar o sim
Compare os pares em goles de campare
O campo aberto
De resto o sexo faz cheiro doce em anexo
Você trança entrança santa
Desmantela-se deixando rastro tela
Da porta a cela iluminada de vela
Compare o par engole-os
De campo a berros






IRA

Quanto mas firmo a pegada com atenção mais desatenta vacila as pegadas
Caio não caio no toque do vento enfileirado de trinchas que esquartejam o piso com sulcos de rasgadas incisivas e nessa desordem vejo-me longe dos objetos possível
Dessem as exclamações e sobe interrogações abolindo toda afirmativa que tenta pontuar um placar para atenção do tempo de prorrogação
O lúcido arqueja al se ver abatido por lanças que voam como falcões em declínio levando todas as nuvens por baixo das asas arrastando o céu até rasgar e por visível a escuridão do espaço que tremula seus astros de sufoco vomitando meteoros e estrelas abortadas no céu da boca
Como bode expiatório absorvo todo Israel, caindo sobre a mão imposta na minha testa o sacerdote crivado de enigmas que não se revelam porem cobertos de sombras ínsita um desespero aterrador que fundindo a nuca com as palmas dos pés
Galopa o obvio sobre uma viela que dobra no asfalto como lenço dobrado no bolso do malandro que estende a mão tendo na ponta dos dedos equilibrados cinco demônios que portam pragas em alforges

Povo se torce entalado no engarrafamento de carros, idéia e perspectivas.
Como escombros de um velho templo roído o povo se entrelaça
Não cabe um suspiro ente os intervalos das batidas do cão coração
Eu me minimizo roto e desgastado a contemplar os hábitos distrativos
Que desfigura a imagem e semelhança com minha face
Como no imenso navio negreiro rompendo a grossa neblina e Inhajansa traficando cor em sua paleta africana
Hoje os mares não comportam a sede dos lideres mundiais eles construíram seus portos capitais e ligaram rios em forma de malhas rodoviárias com vagas em forma de ponte e viadutos que não tem rota rumo a um descanso só um porão suburbano com cheiro fétido de violência sangrenta
E balanceados entre o cair e o incomodo desequilíbrio social

iceberg
Uma onomatopéia rasga uma lasca de gelo de cem pernas que nadam distânsiando-se em direção ao oceano.
Lá na leveza compacta flutua a incógnita omitida por submersão.
Um palco em transito que se desfaz antes dos personagens morrerem encolhidos na coxia vendo os corpos habitados arrancarem a levíssimo liquido dos olhos
Abatido pelo ciclo enxugando o sorriso em uma cusparada a direita do corpo
Caminha para o principio habitado pelos ouvidos e dente
Rangem as lascas findas como faca caindo de ponta a esquerda do olhar

Hoje o peso do agora ruminou e me disse:
-circu-lares, cinco vezes ultrapassando a simbologia total da quadra.
Sem atingir a soma da perfeição do sete-menbro
-cinco meses cinco anos
-cinco anos engolidos em dozes
-sinto-me muito sentado.
-sinto falta de sentido
-sinto-a falsa na valsa
-cinto já faz falta nas calças
-cinco horas e meia cama
-circula sem ventilar fulô
- cinco faixas, de Sivuca ou Erméto?


HERÒIS (assalto ou bar do Maneco; dia 11/09/05 campo grade RJ).
Um susto explosivo na madrugada, o berro da pólvora, chumbo em seqüência arrojada de sons, fortes e provocantes, instrumentos de Caim empunhados por medrosas mãos vingativas e vigilantes.
Lá se foram correndo alados, com gritos hora finos hora grossos de puberdade clemente mangueando em ziguezague se desvencilhando da morte e abrasando uma sorte cheia de adrenalina.
Deixaram para traz uma porta arrombada com mestria e silencio e uma lata de leite condensado aberta, provando uma infância amarga precipitando-se em busca de doçura e calma.
Os irmãos manecos ficaram com cara de heróis cômicos que se descobrem justiceiros em meio a uma atitude covarde, aos poucos vão vestindo o rosto de glória e começam a empunhar as armas como troféus.
Porem os verdadeiros heróis já estão contando seus feitos aos seus com o doce condensado na garganta pós susto.