quinta-feira, 16 de abril de 2009


Nova topografia amorosa

Esses terrenos sentimentais instáveis cheios de declives, irregular como a superfície do mar.
Uma meta deve ser útil para arrumar o destino, marcar pontos de fertilidade.
Nesse sorriso o coração ainda anda tonto com garrafas e cigarros porem o lirismo se aproxima e marca o inicio de transformações
Com a alma desprovida de expectativas e o coração cheio de tristezas vou andando na pedra esperando que o ócio se torne criativo e os sons das pegadas se arrastem por passos, mas mansos e tranqüilos.
O rastro na pedra só e visível com a memória fria e excitada lembrança
Dos ventos noturnos o vento ama o frio e os lençóis aquecem amores que se permitem
No frio percalço cabe calcanhar flechado para não voar
Valto a pisar a rocha e sentir o gelo que o tempo anda a impor


De sorriso em sorriso o sol busca espaço entre a madrugada e a manhã
De beijo em beijo descubro as subtilezas de seus lábios que tiram o amargor dos meus selos transladando-os em abeis amantes e aprendizes de uma nova ordem
Do canto dos ombros emolduro o passado untando-o de verniz para conservar seu ar vencido pelo tempo de musa medieval petrificada em planos sem perspectivas
Dos novos seios o rastro do tempo que lhe conseguiu arrancar vida em mim resta uma saudade dos ainda não vencidos que eu me alimentava de caricias, vitalidade e viscosidade.
Nos cabelos uma familiaridade sente os dedos ou postar-se na nuca garfando os fios se estabelece um engano de nunca ter ido embora dos arvoredos que colhia frutos e alimentava-me recostado em seu tronco
Uma topografia bem diferente agora um corpo marcado pelo uso desenfreado de sua vitalidade
Ontem bem diferente sem luz, mas visivelmente lindo.
Das curvas as retas
Das curvas imóveis a linhas retas velozes como flechas alvejando alvos a todo instante


Porem preso ainda nas curvas

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