segunda-feira, 6 de abril de 2009


Debruçado arfando o ultimo ônibus poente que esconde seu matiz de tarde observo o luminoso são Gonçalo de tantas idas e vindas que confundem os passos que não dançam como putas em Portugal ou som do banjo do santo
Os passageiros já estão desligados orbitando no desconhecido, pois o cansaço já usurpou os animados sons da tarde.
Eu não posso descansar do acumulo diário de pedras vindas da demolição, da primeira pedra tirada ainda conservo a tétrica visão geométrica e a guardo nas costas como testemunho. Tentando entender o motivo da desapropriação.
De pedra em pedra vou remontando o sonho porem al revéis invertendo todas. circunstancia fazendo das ultimas pedras as primeiras, um alicerce de dor e magoas que construo al meu derredor fortaleza de esperança.
Os passageiros nem sua etimologia me emprestam como moletas
A cidade e tão pequena e tão pequena e a distancia comparada às jornadas épicas de subir e descer a Brasil onde uma odisséia foi empreendida com passos hora de Ulisses em epopéia triunfante para juntar-se a amada em ato heróico hora quixotescos com insanidades sonhadoras em busca de uma Dulcineia inexistente
Do outro lado do lavradio envolta pelos arcos fortifica se na distancia todas as tentativas de transpor as muralhas do arco são frustradas por uma guarda lírica que não se compadecem e embream-te nos casarios na torre me apresentam sua imagem e disfarçadamente fazem cócegas no seu ego deixando meu semblante amargar franzes de canções
Sei que já me convidaram à razão e deixar a moça em seu castelo, que não era por estar na minha presença, mas eu ia muito mal, e que atrás de todo homem triste a sempre uma mulher feliz e atrás dela mil homens gentis porem esperando que sua saudade crença mais que o castelo que a acorde do torpor do lirismo obstinado e da recordação lembre dos atos gentis do cavaleiro anda-luz.
A cidade e eu somos pequenos demais para tantos vestígios ha. uma rubrica a cada poste e uma lembrança a cada passo
Na primeira hora do dia o ônibus traz determinação, mas quanto mais pedras eu tiro da construção mais esse contato com os escombros me emparedam obstruindo qualquer ponto de fuga
Do declínio do sol nascem lanças cansadas que beijão a vitória de corpo fatigado
Que batalha brutal essa que arrasta lagrimas e impõe sentimentos mortos
O coveiro arrasta seus corpos e toma pose dos despojos amando os corvos e confabulando com urubus
Do ar venta uma vontade de paz, porem acurva do vento arrasta o animo destruindo o sorriso nascente, verdadeiro coito interrompido.
Rezam velas em todos os cantos com aspecto de obsessão
Levam tua imagem ônibus e multidões te escondem por de traz de beijos
Ouso seus passos e sua voz lança apenas setas
Do quarto vou à janela e recebo na tabua flexas recém tiradas d aljava
A noite passa tão lenta e o compasso da por acelerada
Um silencio coroe meus ouvidos
Cadê a musa que desampara os cetins do leito revirado e abraça o feno al relento
O calor do meu leito e transmutado em espinhos quando viro no amanhecer e não há um sol para dar bom dia

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