segunda-feira, 6 de abril de 2009


Dois mundos

Na trilha em beirada de ribanceira
Cai um ar umedecendo cirandas de flores que se agrupam formando guirlandas de ninfas e elfos
Que bóiam em torno de um galho de hortelã
Gelando o ar com um hálito antártico
Pe com fé trocam o tronco de área levando a cabeça em azuladas asas
Que queima olhos impuros derretendo as nuvens e coalhando irisados borrões desnecessários
Com peito aberto elevo-me ressurgindo junto aos olhos de Cristo no monte Moriá
Transfigurado com o rosto cegando o escuro, desço a escada de Jacó com espada de Serafim já germinando asas nos tornozelos e pontes nos lábios.
Com o cinzel rasgo o véu libertando o santíssimo EU SOU de sua nupcial negação nominal
Varado por luzes o palácio e habitado por um DEUS liquido
Sete taças abrigam licores de arcanjos que de gole em gole despem o negrume áspero
Apoiado por transparências as palmas celebram o reencontro dos mundos

Nenhum comentário:

Postar um comentário