sábado, 18 de abril de 2009


Um salto de carpa que em sua velocidade submerge e emerge quebrando o espelho dàgua
Desnuda a maciez da substancia que envolve sua existência
Jogo pela pupila uma matéria abstrata que cobre todas as angustias secas que dividem a alma
Um ser que não lacrimeja sua dor, seca e despe o seu terno em uma sombra noturna onde suas idéias são embaralhadas por corvos

Um único salto contra a matéria que me envolve quebrara o invólucro
E libertara o éter para a anulação total

Patético!
Covarde!

Sombra que não reluz mais apreende com força os objetos
Cobrindo com nanquim aguado a ilustração
Cravo dentes contra dentes e goteja saliva entre gengiva e céu
A língua pressiona as marcas contra o goto
Engasgado em saudades sinto o salobro

Nenhum comentário:

Postar um comentário