sábado, 18 de abril de 2009


O labirinto do fauno



Depois de perder a realidade, acompanho os passos para dentro do sonho.
No labirinto cruzo com a imensidão do meu eu buscando por partes intactas do que existiu fora do sonho
Lá no fundo você me visita com pesadelos de sua fuga para o concreto
Com ânsias e desesperos apago suas pegadas para desorientar a lembrança
Carrego na textualidade os últimos goles de paixão
Das mirações fugidias me aparto, partindo-me em dois lados de vazio:
Esse sistema bifurcado emperrado de idéias e idas a lugar nenhum, dessa garagem de palavras à garganta não articula sedução.
Um monólito calcifica a tezão e não ver-se livre na maciez de outras peles
Nessa oficina o acerto não concerta as incertezas
Agrupando pedras no caminho de José com interrogações afirmativas (e agora.?)
Será hora de voltar para um olhar calendoscopico ou mirar o infinito
Se dos litros bebesse não somente o líquido mais absorve se a translucidez talvez libertasse a luz tornando-me vitral ou apenas uma cristaleira recheada de relíquias mofadas pelo isolamento
Constipa-se a felicidade adoecendo o sorriso
Das emoções e prazeres um mantem combate recusando a rendição golpeando o porta estandarte da rendição
Pintando de vermelho sobre o branco da bandeira, suspendendo ao som com ecos o pavilhão na guerrilha lírica.
Nem Leonor sentiria medo do empobrecido soldado vencido
Nem dor move a sentinela adormecida das novas vigílias relacionais, arranca hóstias desfeitas no coito interrompido.
Engaveta os olhos e anestesia o tato aumenta o volume das informações sonoras e confunde os ouvidos
Abre o volume da ansiedade que gagueja de nervoso nas frases mais próximas das recordações, a acústica dos fonemas trepida oscilando do agudo recordar al grave esquecer.
No trago da nova espécie adenite-se o gosto doce, porem com voltas em aspirais a cortina de fumaça cai e deixa o locutor asfixiado, em um monologo sem um interlocutor que amplie o diagnostico pré-escrito na bula do longo conviver
Talvez as idéias que faço dos sentimentos esteja encoberta pelo excesso de figuras, símbolos que distraem o fato, trasladando-o a um patamar onírico onde revestido de supostas poética caem bem acomodados sobre meu próprio olhar futuro.
Por papa deposto de seu clero o homem da lugar al profano senhor da penumbra que expondo o viés deixa inacabado o papo para cobrir o por vir de acréscimos
Fingindo a dor o decapitado suspende sobre a multidão seu olhar mirando o próprio corpo desmentindo o que finge sentir ate sentir-se perdido a cabeça realmente
Mais inteiro se acha o fauno al confundir-se com o próprio labirinto que cerca o destino nas vielas da razão o consciente clama por um caminho menos exato minando a lógica com entre abrir de loucura passional criando atalhos por entre os corredores protegidos pelo minotauro, que o persegue com a osmose no animal orgânico, mais nas mata-linguagens o Grifo Poe asas e olhos de águia em corpo de leão evocando o homem espiritual que se vê suspenso por sobre o labirinto do fauno

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