sábado, 18 de abril de 2009


VESTIDA CIRCULAR
Vestida circular, com saia de seda,
Seu giro dilacera o instante
Erguerei girlandadas florais
Pendurarei em nuvens lentas e luas
Ficara como deuza hindu, pendular em um balançar sincopado anil.
Nesta nevoa seus seios cairão libertos
Sentidos pelo meu peito eles parecerão coisa paz
que se juntam em par sobre meu coração rosando seus bicos as meus pelos
Seus olhos ouviram os clarins e fecharam-se para escutar o macio som do sorriso que me arrancou o chão de sobre a planta dos meus pés
Vestida circular como um circulador de fulô que giranos a sóis bem distantes e mornos.
Uma frase pendurada na ponta da língua escorrega até seus ouvidos como garça que plaina sobre seus pensamentos querendo te dizer coisas belas e leves como uma saia de seda circular ramada de fulô.

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