segunda-feira, 6 de abril de 2009


Discurso em branco sobre uma noite negra

Divagações de gritos soando em sobrepostos ecos que destorcem o sentido extravasante da angustia
Do oco preliminar vão se somando círculos concêntricos de vácuos anelando o recipiente de uma teia que ampara toda e qualquer extravagante mosca bisbilhoteira
Que exponho com duvidas diante de você com incertezas
O lobo do homem uiva pela madrugada em vão, pois dos ouvidos acordado não há atenção para um som tão pessoal que nem meu interior codifica com clareza para minha compreensão.
O tom nessa ultima noite berrou mais dissonante e prolixo em seu acumulado de mal estar
Mal estar em si próprio é realmente não estar situado em lugar algum
Deve ser essa tal atitude que esperam os situados com citações, coagulando mais minhas forças, o tal passo a frente no momento da chamada me causa um estranho constrangimento forçando o passo a passo de o manual ser pedal de recuo no timbre da resposta, eis me aqui, deveria ser o sinal de prontidão á coletividade mais desgarrado que estou da alcatéia sou ridículo e deslocado quando me forço a ser expresso.
Talvez impresso fosse explicito e encontraria ouvido ou simplesmente ricochetearia nas pedras e voltaria ferido de expressão
Hesitando em um eterno formular de ações etéreas fico no rol da obscuridade sem adentrar para grande festa da normalidade
Hoje pelo menos almejando mais que menos, deixo expostos os despojos da batalha existencial, escape para o acumulo de autopunição.
Sinto-me como lobo que se veste de ovelha e afeiçoa-se da passividade natural da presa e acaba sendo vitimado pela sua própria alcatéia
Essa natureza matriz que deixei há tanto tempo nem me devora que dirá me decifrar, fracionado em uma explicação melodramática as partes cabem bem na comédia pastelão do china de cada esquina

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