quinta-feira, 16 de abril de 2009


Es que o Semeador saiu a semear


O mesmo fluxo arrítmico taticardiaco tateia as idéias com um monótono aperto de consciência
-Olá! Como vai sua ortodoxia craniana?
-Anda no tempo regulamentar empatada e empacada com as adversidades
-Mas porque você não abana as orelhas refrigerando na esquina as relações sociais?
-Não dão pé os passos, caminho flechado pelo papo preso que de grão em grão alimenta inseguras silabas gaguejadas entre o côncavo e o convexo.
-Já tive engarrafamentos no limiar do verão e abortei varias férias embotando o prazer em quatro paráfrases sobre quatro paredes
-Como você desconstipouse ligando-se ao sol novamente?
-Vislumbrei a simplicidade e diminui as exigências nos monólogos de divã mental.clarifiquei os inclassificáveis, desorganizei todas as ordens.
Meu problema anda mais baixo viaduto que em baixo gávea, complexo, muitos complexos!, Então não me venha barroqueando com jesuíticos cantos sufismaticos, com um cabedal esotérico de chancelas pontuais de salvação espiritual.
-Os bem aventurados são os simples de coração já bradava Cristo sobre os montes etéreos contrapondo-se ao berço ocidental da opulência dos montes olímpicos onde Zeus arabescavejava as cornucópias mentais das futuras gerações do ocidente com arquétipos de todas as falácias humanas, aprendemos mais sobre o ser do que o não ser.
-Mais como regurgitar o fruto da arvore do discernimento entre o bem e mal?
Como me desvencilhar das teias psico-intelectuais com suas redes em cadeias de lógicas acalentadas desde tenra idade?
-Subvertendo os valores pré-escritos nas tábuas estatais, desfraldando velas e velando ventos-brisas acomodando-se no onírico poético do mínimo necessário, fazendo dos ecos celebrais vozes de cantigas de roda que remontam o simples necessário das cirandas outonais da idade humana.
Disse Cristo a Nicodemos que deveríamos nascer de novo. Em um menino há toda despretensão necessária para inspirar ares mais felizes, e nessa despretensão entra pelas frestas formando a estrutura da curiosidade do novo, a certeza humilde e honrada do não saber mais do que com vem saber.
Valores conflitantes com uma sociedade onde a informação torna-se viés pra desfechar proteções pessoais, massificando e homogeneizando a massa populacional em um padrão único pra consumo de um produto serial, onde não se implica as individualidades.
-Realmente meu caro verbo-tebrado amigo, e muito mais fácil você moldar o individuo do que individualizar a produção.
E as idéias são lançadas com inacabada verdade a caminho de carapuças abertas a qualquer semente.

Es que o Semeador saiu a semear

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