quinta-feira, 16 de abril de 2009



Mouro

O mouro deixou seus minaretes em ruínas
Com sangue cristão banhou-se de escarlate
Diante da alva espanhola limpou-se desajeitado
Tirou as argolas e fez menção em der lhes
Pois encoberto pelo véu baixo sobre os olhos entreveria uma presença sua brilhar no lóbulo da branca espanhola
Só pode ouvir o zumbido de brilho entre o rosto e a esperança
Crispado acumulou sal nos olhos
Fez da garganta uma corda cheia de nós
Com a adaga caída
Pos-se de costa em meio aos escombros da batalha
Lavou o sabre em lagrimas
De esguelha fitou o ocidente
Vendo a espanhola debruçada sobre um cadáver
Tentando unir cabeça e corpo
O vento adormeceu o olhar do mouro
Que para o por do sol grunhiu silencio
Hoje os minaretes são lindos
Sobre uma casa cheia de crianças

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