sábado, 18 de abril de 2009


O açougueiro

Um frigorífico gélido e ensangüentado.
Crua carne em postas dispostas em ganchos.
Deserto vermelho coberto de nervos brancos.
Encolhido, nu, pálido e arroxeado inspira sangue e aspira uma fumaça vaporosa.
O cutelo flutua desossando.
A carne enxuga lágrimas deixando magoas viscosas.
No domingo de manhã, Poe a roupa alva, debruça sobre o balcão, aposta no time.
Perde.
Mais tarde se encontra bêbado nu, em um canto do sanitário entre o Box e á lixeira cheia de carne vomitada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário