sábado, 18 de abril de 2009




Sempre desconfiei deste nome: CALCULO REINAL, acho que confere al REINAL, um estatuo matemático formal demais para uma doença.
Não pensei muito sobre, mais a similaridade fonética com Reinaldo me confere um ar pessoal em dicotomia com calculo onde calculo que se somem pedras nos rins.
Ou talvez e mais uma vez seja simplesmente o rins a somar substancias e calcificalas para nos impor sua existência



E esse grito de existência bem que poderia ser sussurrado não bradado com uma cólica enfiada até a ultima vogal nos buchos
Mais lá vou eu novamente para os concertos e reparos
Os rostos são os mesmos pobres e amotinados no rol de entrada são trapaceados pela urgência de minimizar minha dor, o suspiro compreensivo de angustia de se esperar junto da demora e forçado pela razão quase cega mais gentil dos primeiros rostos da fila

Há de se fazer às burocráticas praches de entrada que servem para engrossar a estatística de atendimento e aumentar o repasse de verba para engordar e manter com saúde os filhos de algum contrato superfaturados de terceirização

O arcanjo que faz guarda na portaria já perdeu sua expressão servil de dias de gloria celestes nas portas do paraíso hoje se confunde com as demais fisionomias distraídas em gargalhadas que ignoram o ranger dos dentes
Como pardais chocados por pavões tentam mostras suas plumagens como parte superior de uma estrutura político-organizacional infladas por filhos e netos de pardais gordos engordando os corredores de funcionários alegóricos que organizam filas e colam
Cartazes
No entanto os fins não são abraçados pelos meios em quantidade mais por uma única médica que justifica a proximidade de Eros e Tálamo, em um momento a dor se ameniza pela eficiência das perguntas saídas de entre lábios discretamente untados de um vermelho suave
Porem só por um momento pois o ambiente claustrofóbico não exprime por muito tempo a leveza mais aborta chagas de variadas brutalidades
O mais esperado paliativo e injetado nas veias fugidias que é cutucada pela procura infrutíferas das mãos da enfermeira, que como em uma pescaria se mostra diante do mar sem sinais de presas, fica a dar angustia nas mãos que reage dando tapinhas no meu braço, enfim a veia morde a isca e o sangue enganado adentra a seringa desviando-se de sua rota mais o buscopam Poe tudo no seu fluxo normal empurrado pela seringa.
O tão esperado relaxar dos músculos e entorpecimento dos sentidos de dor não são alcançados
E na angustia da espera pelo efeito, se prolonga o dantesco contorcer de um balé macabro.
Vou até o carcereiro para pedir a audiências que me concedera dozes mais fortes de morfina e um toque de leveza vermelho pálido de sua boca mais com sua autoridade arrogante de um diplomado em ninguém ele me nega o alivio da doutora vermelho pálido ele se poça de um território onde não vale mais nenhuma lei ali a não ser as ordens que recebeu que são repassadas pela sua boca como emanadas de sua própria convicção, esse tipo de profissional limitado foi feito sobe medida para o sistema e o espaço físico que garda obedece sem extrapolar os limites da subordinação e não tirando conclusões particulares que poderiam humanizar as relações
Ali esta ele convencido de que e juiz da entrada para o paraíso sem se dar conta que estava isolado em um metro quadrado de ordens e amputado de sua autonomia
Suas aptidões claramente são expostas pelos seus interlocutores que são guardas os mais próximos de seus restritivos ideais
Disse-lhe que não tinha talento para o oficio que exercia me arrependo de tê-lo dito al analisar a situação, pois caberiam mais razões na raiva se reformula se melhor as frases de agressão verbal por mim deferidas.

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