quinta-feira, 16 de abril de 2009


Musica

Bicadas de dedo na palma da mão
Salivas sopradas por dentes trincados mastigam penúltima letra do alfabeto
No chão encerado escorrega um tinir de gritos que alterna entre o súbito e o esperado
Que relincho de cavalo forma essa curva de arco arrastado na cela
Nisso os baques andam vadios no volume máximo, sem sutileza nem empurrão apenas um turbilhão de vodka em dozes jazisticas quebra o ar propagando sons.
Lá vem o modal com seu suicídio decretado na FM; vão formando fila os produtos na cessão de perecíveis.
Eu aqui em um solo ouvindo o trafego de cores e pássaros que fluíram como imigrantes do falante baixo, alto, médio-porte.
Nana em terra particular alimenta o ócio monitorando os participantes da refeição.
Desloca um céu e embrulha o peito de estrelas para beijar melodiosamente o pescoço pousado sobre o ombro da mesma música concreta que arde no sol fá.
Quantas notas terão em seus lençóis?
Ou esconde uma sinfonia entre a testa e os pés?
Beijo com ouvidos ou com a boca?

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