sábado, 18 de abril de 2009


Visão do Brasil

Pensamentos em altares com sírios
Uma palavra pensada com aureola contida em pequenos círculos
De uma embarcação o poeta lança anzóis em limbos
Apreende palavras que trazem tentáculos de uma frase submersa em rios
Ricos ramalhetes de algas acolhem idéias encobertas em nichos
Tesouros de caldas escamadas como alfaias enfeitadas
Sibilam em néon por entre vitória regias remada por índios
Ribeirinhos febris de morno olhar idílico rastreiam silabas para apurar os ritos
O boi anda em sincopado com chifres de bronze de luz em fios
Bordados de paetês transcrevem para lança de são Jorge lindos livros
Oxum dança com botos e tem com ninfas iaras em coros soluçantes conduzidas sobre cornucópias de lírios
Trintões negros de uma áfrica submersa cavalgam jacarés hirtos
nas folias zanza com palhaços acrobatas com gosto cítricos no olhar
No zabumba encarna o cordel em meio a um circo de bandeirinhas pintadas por Volpi em festa de são João
Lá no topo do mandacaru
Erguida por anjos aleijados uma flâmula tesa roga por nos
Pisca palavras contidas na boca de repentistas de face hibrida
Sinhá vitória abraça Maria bonita que pede silencio a lampião e Fabiano ajuntando baleia aos braços
Dispeden-se do pintor com promessas de rogar por nós da terra do sol em transe com Deus e o diabo ao derredor
De resto o tilintar dos sinos

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