domingo, 5 de abril de 2009


Bum bum bat bum bum burungudum

Subi no galope ofegando nos olhos o desejo que percebo descer balançando em ritmo de rede, girando a sombra a favor do corpo.
De uma patinela chacoalhada, o banzo do olhar ganha vigor de água-ardente.
Cruza de olho de gato com pés de passista
Trava língua todos os bons hálitos, para mostrar as intensidades labiais tremuladas na naifi cartada de real canastra, xilografada sobre imagem erótica.
Mais passou balançada pela inclinação da ladeira
Deixando o boteco a procurar o ângulo certo
O morro pálido ajeita no canto da boca o palíto a cidade ajeita o paletó a enquadrar na rolleyflex o Brasil descendo a ladeira em afirmativa com a nova baia carioca
Ganho fôlego nas havaianas e pedalo mais macio nos degraus
Arrasto o tempo para o canto
Assovio as despedidas recheadas de elogios e clamo o favor das cuícas e tamborins que antecipem o carnaval
Pai Lam daí nos a mulata de cada dia despida da domestica e vestida de rainha de luz no fevereiro de cada mês
ETELVINA na milhar do bicho acerto a sorte, abro todas as jaulas do zoológico e estouro à banca com um lugar privilegiado pra te ver em meio a mais fina companhia. O Brasil desceu a ladeira e eu fique com o consolo da alvorada que desce

Nenhum comentário:

Postar um comentário