terça-feira, 27 de julho de 2010


O lago lodoso de vinhedo que margeava minha infância era adocicado por balas de coco dadas pelas mãos de Leonice, um negro ébrio que me infiltrou o pavor vindo de seus olhos baços de um vermelho coalhado, junto ao pavor veio a se transfundir seu sangue compatível com o meu, meu pavor se solidarizava como amo consangüíneo e é hoje um vulto paterno de um tempo mobiliado no inconsciente que ascende e apaga o sinal da entrada maniqueísta nas faces da mesma moeda.

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