terça-feira, 27 de julho de 2010


Peitinhos

Assinala em meio aos montes, meio moinho, meio farol ouriçado, seios pornográficos coroados com bicos-coroas santificados, louros de uma gloria a se conquistar rasgando a língua de sua palma a ponta, trampolim de saliva, aliviando a ardência com assopros cristalizantes, transmutando pele em diamante, lapidado em alquímica lasciva entre a sombra clara do biquíni, fica a cova de gatos vadios espreguiçando um aranhado acolhedor que tatua muito mais que pele, revira a divisão entre alma e medula com aerógrafos de difícil enigma. Terra arada com pegada de peão e ternura de artesão revirando o manso senhorial com zelo tendo certeza de colheita farta, fartura que já transborda no olhar emite freqüência hipnótica.

´´Peitinhos``, um diminutivo que não reduz a arquitetura em zinco mais cobre de veraneio as intenções, feriado prolongado risco no calendário, estacionando a pressa do outro lado da cidade, gotejando aqui passo marcado de uma ala em desfile de campeã sem compromisso com jurado, um bombardeio de confetes dispersa os bufões por entre os pelos ouriçados em estado de folia momesca.

2 comentários:

  1. Nossaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa....
    "Que fartura que transborda no olhar emite freqüência hipnótica" Isso e forte porem "colheita farta" e assustador.... e um bom ponto de vista.

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  2. Muita beleza neste texto! Por que o blog está parado desde 25/10? Isso não pode acontecer!

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